Sentimento de Escrever

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18:10
É estranho quando olhas
E não reconheces o lugar
Onde estás a sua mente
Seu corpo não pode estar,

Quando olhas firmemente
Tentando se encontrar:
Encontra-se  novamente
Na mesma situação,
Olhas de um lado pra o outro
Buscando a solução,

Solução de todos eles,
Problemas a resolver,
Que mexem com sua mente
E te levam a escrever;

Escrever para tentar
Os problemas vencer,
Escrever para tentar
A vida entender,
Escrever para tentar
Nada mais que viver.

É isso (e muito mais)
Que passa em nossa cabeça
Por isso escrevemos na hora

Antes que ela se esqueça.
É difícil descrever
Com palavras ou não
É difícil entender
E falar com precisão
O que se quer mesmo dizer,
Expressar com emoção.

Tudo isso acontece
Na mente de quem escreve,
Aliviando o stress
As palavras são como neve,
Que caem do alto do céu
Mas, com sabor melhor que mel,

As palavras são mágicas
E podem transformar,
Uma triste vida
Elas podem alegrar;
A esperança perdida
Elas podem resgatar;
Tudo aquilo que queria
Elas podem expressar;
Tudo que está errado
Elas podem mudar.

E, de repente,
Tudo se transforma,
A luz retorna,
Cada coisa cria forma,
E invade o seu pensar:
Começas a sonhar,
Coisas a imaginar,
Palavras a encantar;
Sua mente e seu corpo
Já conseguem se encontrar,
Desvendas o mistério,
Já reconheces o lugar
E já sabes aonde está:
Está quieto e sozinho
Tentando ainda entender,
Olhas, então, para cima
E começa logo a ler
Uma bela obra-prima
Que acabou de escrever


Lucas Benjamim Marinho Gurgel

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Lembranças

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18:19
Lembra daquele tempo
Onde tudo era diferente,
Onde tudo era perfeito
E todo mundo era gente,
Quando não tinha defeito
E era tudo bom, somente?

Lembra daquele tempo
Quando tudo era singelo,
Que não havia cobrança
E o mundo não era severo,
Não havia maldade
E tudo era tão belo?

Lembra daquele tempo
Que tínhamos que pensar
Apenas em nós mesmos,
Nos divertirmos e brincar,
Sem ter que com nada
Nem ao menos se preocupar?

Lembra daquele tempo
Que tudo era perfeito,
Não havia preocupações,
Pra tudo se dava um jeito,
Não saia nada errado,
Nem existia defeito?

Lembra daquele tempo
Quando o importante era crescer,
Um dia de cada vez
Tinha apenas que viver,
Passando pelos problemas
Sem ao menos entender?

Saudade, não é?
Mas, temos que aceitar
É um tempo passado
Que (talvez) nunca voltará:
A inocência perdida,
Nunca recuperará;
A pureza da vida,
Jamais achará;
A simplicidade esquecida,
Nunca se lembrará
As melhores coisas vividas
Jamais repetirá

Oh, infância querida
Jamais esquecida
Nunca mais vivida,
Sempre hei de lembrar
De todas as brincadeiras
Que, para alguns, eram besteira,
Não passava de bobeira,
Não tinha pra que brincar

Infância que me moldou
Coisas que me transformou
Em uma pessoa boa ou má.
Oh, como eu queria
Para aquele tempo voltar
Viver tranquilamente
Sem com nada me preocupar
Descansar a minha mente
E, finalmente, relaxar

Mas, esse tempo já não volta
Já perdi a esperança,
Só uma coisa me resta:
A saudade de ser criança


Lucas Benjamim Marinho Gurgel

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Poeta Sonhador

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18:00
Oh, poeta sonhador
 Que exerces a poesia
 Com carinho e muito amor,
 Que descreves com alegria
 Em seus versos o dissabor,
 Que sustenta e irradia
 A cultura aonde for,
 Que, por vezes, é discriminado
 Por seu jeito pensador.
 Oh, poeta sonhador
 Que sempre estás a pensar
 Em um jeito novo,
 Uma forma, de se expressar
 Para que sua mensagem
 Outros queiram ensinar.
 Oh, poeta sonhador
 Não desista de lutar
 Adversidades virão
 Mas, você superará
 Pois, este dom que tens
 Apenas Deus pode dar.
 Oh, poeta sonhador
 Cumpra sua missão
 De escrever com sinceridade,
 Alegria e lealdade,
 Descrevendo a verdade
 Para toda a nação
 Oh, poeta sonhador
 Que há pouco tempo
 Descobriu este poder,
 Que, para algumas pessoas,
 É apenas “escrever”,
 Mas, você sabe,
 Que se trata mais de ver,
 Ver a vida de outra forma
 Que é difícil de explicar
 Um jeito novo, diferente
 De pensar e se expressar.
 Oh, poeta sonhador
 Porque andas tão cansado?
 Da pra ver no seu olhar
 Que estás desanimado
 Está triste, cabisbaixo
 Como se algo tivesse mudado
 E, realmente, mudou,
 A sociedade se transformou
 A poesia acabou
 O respeito não voltou.
 Oh, poeta sonhador
 Não se importe se alguns
 Desprezam sua arte
 E causam sua dor.
 Tem certeza, realmente,
 A sociedade mudou,
 Se transformou,
 Nos abandonou?
 O mundo está diferente
 Acabou-se todo o amor?
 Mas será que neste mundo
 Tão divergente
 Ainda resta espaço
 Para um poeta sonhador?

 Lucas Benjamim Marinho Gurgel

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Folhas ao Chão

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16:04
Na vida somos iguais
Às folhas das árvores
Uma hora verdes, vivas
Radiantes como mármore
Outra hora caídas
Com memórias do que passastes
Enquanto verdes dão a vida
Já amarelas, reprimidas
Vencidas, sofridas,
Cheias de marcas da lida
São apenas as sombras
Da sociedade esquecida
Esquecida pelas outras, folhas a amadurecer
Ocupando a posição
Comandando a relação
Obedecendo a multidão;
Multidão, sim, a mesma
Que te fez murchar e cair
Que de tanto pressionar
Te impediu de prosseguir
E sobre isso devemos
Sempre refletir:
Sobre a vida, sobre tudo e perguntar:
“O que eu faço aqui?”
“Sentado, cansado, chateado,de lado?”
“Esperando o quê?”
“Sofrer, morrer, crescer,
Amadurecer, perder, se render?”
“O que fazer?”
“Ah, quer saber? Não vou deixar
Tudo isso acontecer”
“Vou seguir firme e forte
E, simplesmente, viver”
Voltar a crescer
Servir de adubo
Para os que não podem ver
Abrir os olhos daqueles
Que não podem (ou não querem) enxergar
Que vivem por viver
Deixando a vida lhes levar
Sem deixar nenhuma marca
Pela qual deles irão se lembrar
Pois, a vida é muito curta
Para assim desperdiçar;
Folhas crescem, folhas caem
Vida chega, vida vai
É essa a realidade
E temos que aceitar
Temos que viver
Pois um dia acabará
E tudo passará;
“Então, significa que tudo é em vão?”
Pode ser que sim
Pode ser que não
Depende de você
Da sua reação
Você que tem que saber
Qual a sua opinião?
Vai viver para viver
Ou será apenas
MAIS UMA FOLHA AO CHÃO?

Lucas Benjamim Marinho Gurgel

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