Mente E Tecnologia

Mente e tecnologia

Todo mundo vê

Antes, ninguém via.

Mente e tecnologia

Tudo se transforma

Tudo, tudo se cria.

Mente e tecnologia

Ajudando a mim

Em tudo que queria.

Mente e tecnologia

Afinal de contas

Usamos todo dia.

Mente e tecnologia

Qual delas te controla?

Qual delas te guia?

Mente e tecnologia

Seguindo a mente

Onde você estaria?

Mente e tecnologia

E sem a tecnologia?

O que restaria?

Pergunto a você:

O que você escolheria?

A escolha é sua

Mente ou tecnologia?

Vivemos em sociedade

(isso é verdade)

E devemos nos informar,

Atualizar,

Conectar,

E aumentar

Nossa capacidade

De memorizar e ter vontade

De ir além da necessidade.

Necessitamos usar

Nossos cérebros a mil

E quando erramos

Se forma um pavio

Que rapidamente acaba

Como nunca antes se viu

Será que as máquinas

Estão nos superando?

Com informações exatas

Estão nos acostumando

A não usar o nosso cérebro,

Basta dar algum comando

E tudo está a sua frente

Mas, será que isso é melhor

Que usar a nossa mente?

Autor: Lucas Benjamim Marinho Gurgel

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Generosidade

Um dia caminhando

Pelas ruas da cidade

Parei e vi uma cena

Que me mostrou a verdade

Um simples homem praticando

Um ato de generosidade

Um pobre menino estava

Deitado, a mendigar

Pois, nem ao menos

Podia se levantar

Pois, tinha um defeito na perna

Que o impedia de andar

Foi aí que logo chegou

Um homem, a socorrer

Enquanto todos passavam

Sem ao menos perceber

Aquele nobre ato

Que estava a acontecer

Então eis que o generoso

Ajudou a levantar

O levou pra sua casa

Deu comida, e aonde deitar

Deu banho, ate roupa

E um dinheiro pra ajudar

Comovido com sua ação

Fui então com ele falar:

Você fez tudo isso,

Sem nada lhe cobrar

Você é um herói

Isso tem que aceitar

Senhor por favor

Isso não foi nada mais

Que a minha obrigação

Por que tratam este menino

Como se fosse um cão?

Por acaso nos todos

Não somos iguais

Então por que tratam alguns

Como se fossem animais?

Logo após dizer isso

Aquele homem sorriu

Foi se afastando

E de repente sumiu

Como se nunca estivesse ali

Algo que ninguém viu

Fechei os olhos, mas quando abri

Não estava no mesmo lugar

Estava deitado na cama

Com lençóis a me cercar

O despertador do lado

Tinha acabado de me acordar

Levantei-me e pensei:

Aquilo tudo foi um sonho?!

Então eu fui

Pela janela olhar:

Aquele menino tristonho

Estava a mendigar:

Será que alguns de vocês,

 Podem Me ajudar

Por favor, alguém.

Por favor, cuidem de mim.

Alguém pode me ajudar,

Ou será que dói tanto assim?!

Fiquei só observando

 Ele ir para o hospital,

Ate quis me aproximar

Mas:

“Levariam-me a mal”

Pois tratavam aquele menino

 Como a um animal

Se eu me aproximasse

Tratariam-me igual

Afastei-me a tempo

De não me “contaminar”

Daquele menino em PE

Não quis me aproximar

De longe observei

Que em PE continuava

Com um brilho nos olhinhos

Pelo medico esperava

Ate que de repente

 Sua força acabou

As suas esperanças,

O olhar mudou,

Ate que não aguentou mais

E então desmaiou

Caiu em sono profundo

Nunca mais acordou

Por falta de generosidade

Mais uma vida se acabou

Após ouvir isso

Algo em você mudou?



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Saudades - Tetê Costa (In memoriam)

Quando bate à memória

Aquelas pessoas queridas,

Quando vem as lembranças

Das aventuras vividas

É sinal de que elas

Nunca serão esquecidas.

Por mais que você

Nunca, jamais retorne

Você sempre irá viver

Como algo que em mim dorme

De ti sempre lembrarei

Pois, tua falta me comove.

Já faz tempo que partiu,

Muitos até já esqueceram,

Seus “rastros”  aqui deixados

Para alguns já se perderam;

Não pra mim, com certeza,

Pois, as lembranças permaneceram.

Sempre que de ti me lembro

Começo logo a pensar

De nossas longas conversas

E quando íamos brincar;

Mas, quando você se foi

Me restou apenas o lembrar.

Lembro-me muito bem

Quando procurava e achava

Tua foto escondida,

Em uma bíblia bem guardada,

Ficava horas a olhar

Pra aquela foto e chorava.

Chorava me perguntando

Por que você me deixou

Depois daquele acidente

Algo em mim mudou,

Nunca mais fui o mesmo,

Aquilo me transformou.

Lembro-me quando

Olhava fixamente

Pela janela da igreja

Buscando em minha mente,

Imaginando que estarias,

Com as estrelas, sorridente.

Chamava minha mãe e dizia:

“Mãe, olha aquela

Estrela que no céu brilha,

Aquela estrela é ela.”

Gostava de olhar para o céu

E ficar pensando nela.

Mas, depois de algum tempo

Superei essa saudade

Tão grande que sentia,

Cresci e encarei a verdade

Mas, jamais esqueci

O que sentia era verdade.

Creio eu que um dia

Possamos nos ver,

Matar esta saudade

Que sinto por você;

Bem, até este dia chegar

Só me resta viver;

Viver e me lembrar

Sempre de ti, Tetê.

Autor: Lucas Benjamim Marinho Gurgel

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Obrigado Amália

Quantas vezes nesta vida

Nós não correspondemos,

Não compreendemos,

Não respondemos,

Não devolvemos

E nem agradecemos,

Todo o carinho que as pessoas nos dão?

Quantas vezes serão precisas

Para podermos perceber

Que nunca mais na vida

Haverá outra como você?

Meiga, paciente,

Engraçada, inteligente,

Que, mesmo com nossas falhas,

Com certeza, ama muito a gente

Esta pessoa é você:

Amália,querida professora,

Que certamente pra nós

É mais que uma simples educadora,

Uma mãe, com certeza,

Que ensina com delicadeza,

Que ajuda com firmeza,

Que castiga com leveza

E, que sempre será a mesma:

Carinhosa, extrovertida,

Mais que mãe, mais que amiga,

Ah, foram tantas coisas aprendidas,

Ah, foram tantas coisas vividas,

Ah, foram tantas dificuldades vencidas.

Suas aulas jamais serão esquecidas.

E não é só na aula

Que contigo aprendemos,

O teu exemplo de vida

Pra sempre seguiremos,

A tua grande alegria

Para sempre seguiremos.

E nunca se esqueça disto:

Algumas pessoas podem

Até de ti falar,

Algumas pessoas podem

Até de ti não gostar.

Mas, lembre-se:

Seu brilho

Nada pode ofuscar,

Seus sonhos

Nada pode calar,

Sua alegria

Nada pode parar,

E os seus ensinamentos

Sempre iremos lembrar.

Depois de tudo

Que fez por nós

Só temos a dizer: obrigado.

Obrigado por seu carinho,

Sua atenção,

Obrigado por nos guardar

Dentro do seu coração,

Obrigado por estar

Sempre a nossa disposição,

Obrigado por ajudar

E nos dar esta lição.

Saiba que por tudo isso

Sempre teremos gratidão

Obrigado por nos dar

Esse exemplo que não falha,

Por tudo isso agradecemos:

Obrigado, Amália!

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Viver Ou Sobreviver

Já pensou como o mundo

Seria diferente

Se fizesse (ou dissesse) tudo

Que vem a sua mente?

Se seguisse o impulso

Sem pensar novamente?

O que poderia ter dito,

O que poderia ter feito?

Poderia ter agido

Sem ter nenhum defeito,

Sem vergonha, sem culpa

Pois, pra tudo se dá um jeito?

Já pensou como o mundo

Estaria a desabar

Se fizesse o que quisesse

Sem com os outros se importar?

Com toda certeza

Que um dia iria passar?

Pois é, mas, o mundo

Não é como nós queremos

Mas, de tanto sonhar

Muitas vezes esquecemos

De toda realidade

Em que nós vivemos.

Vivemos apenas

Por viver, será?

E no final

Como tudo acabará?

Não, não pode ser!

Isso não acontecerá!

Vivemos a  vida toda

Seguindo ordens e pedidos,

Vivemos a vida toda

Perdendo e fazendo amigos,

Vivemos a vida toda

Acumulando inimigos?

Sem fazer o que queremos,

Pensando no que dissemos,

Imaginando como seremos

No futuro, se continuarmos

Pensando apenas em crescer,

Sem ter  nenhuma idéia

Do que vai acontecer,

Sem nem mesmo saber

O que vai ver,

Sem compartilhar

O que se quer dizer.

Isso vale a pena?

Pergunto pra você

Só há duas opções:

Viver ou sobreviver?

Lucas Benjamim Marinho Gurgel

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Sentimento de Escrever

É estranho quando olhas

E não reconheces o lugar

Onde estás a sua mente

Seu corpo não pode estar,

Quando olhas firmemente

Tentando se encontrar:

Encontra-se  novamente

Na mesma situação,

Olhas de um lado pra o outro

Buscando a solução,

Solução de todos eles,

Problemas a resolver,

Que mexem com sua mente

E te levam a escrever;

Escrever para tentar

Os problemas vencer,

Escrever para tentar

A vida entender,

Escrever para tentar

Nada mais que viver.

É isso (e muito mais)

Que passa em nossa cabeça

Por isso escrevemos na hora

Antes que ela se esqueça.

É difícil descrever

Com palavras ou não

É difícil entender

E falar com precisão

O que se quer mesmo dizer,

Expressar com emoção.

Tudo isso acontece

Na mente de quem escreve,

Aliviando o stress

As palavras são como neve,

Que caem do alto do céu

Mas, com sabor melhor que mel,

As palavras são mágicas

E podem transformar,

Uma triste vida

Elas podem alegrar;

A esperança perdida

Elas podem resgatar;

Tudo aquilo que queria

Elas podem expressar;

Tudo que está errado

Elas podem mudar.

E, de repente,

Tudo se transforma,

A luz retorna,

Cada coisa cria forma,

E invade o seu pensar:

Começas a sonhar,

Coisas a imaginar,

Palavras a encantar;

Sua mente e seu corpo

Já conseguem se encontrar,

Desvendas o mistério,

Já reconheces o lugar

E já sabes aonde está:

Está quieto e sozinho

Tentando ainda entender,

Olhas, então, para cima

E começa logo a ler

Uma bela obra-prima

Que acabou de escrever

Lucas Benjamim Marinho Gurgel

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Lembranças

Lembra daquele tempo

Onde tudo era diferente,

Onde tudo era perfeito

E todo mundo era gente,

Quando não tinha defeito

E era tudo bom, somente?

Lembra daquele tempo

Quando tudo era singelo,

Que não havia cobrança

E o mundo não era severo,

Não havia maldade

E tudo era tão belo?

Lembra daquele tempo

Que tínhamos que pensar

Apenas em nós mesmos,

Nos divertirmos e brincar,

Sem ter que com nada

Nem ao menos se preocupar?

Lembra daquele tempo

Que tudo era perfeito,

Não havia preocupações,

Pra tudo se dava um jeito,

Não saia nada errado,

Nem existia defeito?

Lembra daquele tempo

Quando o importante era crescer,

Um dia de cada vez

Tinha apenas que viver,

Passando pelos problemas

Sem ao menos entender?

Saudade, não é?

Mas, temos que aceitar

É um tempo passado

Que (talvez) nunca voltará:

A inocência perdida,

Nunca recuperará;

A pureza da vida,

Jamais achará;

A simplicidade esquecida,

Nunca se lembrará

As melhores coisas vividas

Jamais repetirá

Oh, infância querida

Jamais esquecida

Nunca mais vivida,

Sempre hei de lembrar

De todas as brincadeiras

Que, para alguns, eram besteira,

Não passava de bobeira,

Não tinha pra que brincar

Infância que me moldou

Coisas que me transformou

Em uma pessoa boa ou má.

Oh, como eu queria

Para aquele tempo voltar

Viver tranquilamente

Sem com nada me preocupar

Descansar a minha mente

E, finalmente, relaxar

Mas, esse tempo já não volta

Já perdi a esperança,

Só uma coisa me resta:

A saudade de ser criança

Lucas Benjamim Marinho Gurgel

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