Saudades - Tetê Costa (In memoriam)

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Quando bate à memória
Aquelas pessoas queridas,
Quando vem as lembranças
Das aventuras vividas
É sinal de que elas
Nunca serão esquecidas.

Por mais que você
Nunca, jamais retorne
Você sempre irá viver
Como algo que em mim dorme
De ti sempre lembrarei
Pois, tua falta me comove.

Já faz tempo que partiu,
Muitos até já esqueceram,
Seus “rastros”  aqui deixados
Para alguns já se perderam;
Não pra mim, com certeza,
Pois, as lembranças permaneceram.

Sempre que de ti me lembro
Começo logo a pensar
De nossas longas conversas
E quando íamos brincar;
Mas, quando você se foi
Me restou apenas o lembrar.

Lembro-me muito bem
Quando procurava e achava
Tua foto escondida,
Em uma bíblia bem guardada,
Ficava horas a olhar
Pra aquela foto e chorava.

Chorava me perguntando
Por que você me deixou
Depois daquele acidente
Algo em mim mudou,
Nunca mais fui o mesmo,
Aquilo me transformou.

Lembro-me quando
Olhava fixamente
Pela janela da igreja
Buscando em minha mente,
Imaginando que estarias,
Com as estrelas, sorridente.

Chamava minha mãe e dizia:
“Mãe, olha aquela
Estrela que no céu brilha,
Aquela estrela é ela.”
Gostava de olhar para o céu
E ficar pensando nela.

Mas, depois de algum tempo
Superei essa saudade
Tão grande que sentia,
Cresci e encarei a verdade
Mas, jamais esqueci
O que sentia era verdade.

Creio eu que um dia
Possamos nos ver,
Matar esta saudade
Que sinto por você;
Bem, até este dia chegar
Só me resta viver;
Viver e me lembrar
Sempre de ti, Tetê.



Autor: Lucas Benjamim Marinho Gurgel

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